segunda-feira, 30 de julho de 2012


O Rosto, a Chamada e a certeza…



Mário Gouveia escreveu:Vi na RTP Madeira a vaia ao Presidente da Câmara de Santa Cruz pela população de Gaula. Gostaria que tivesse sido expontânea, popular. O que me parece e que foi instrumentalizada pelo grupo político de Gaula e, se assim foi, vale zero a vaia e, perde pontos este grupo que, parece-me, aproveita os incêndios para fazer campanha a pensar nas eleições Autárquicas! Triste política, pobre política....são todos iguais!!!!”

Eis a minha opinião, como político pouco experiente e cidadão:

Tenho imenso respeito por todos os profissionais da comunicação social. Na segunda-feira passada, estive com o Mário Gouveia, em Gaula, e infelizmente não tive oportunidade de ver a notícia, pois além de chegar a casa “às tantas”, não tenho tv cabo, com muita gente de Santa Cruz.

Nesse mesmo dia, gerou-se o burburinho sobre a retoma das férias do presidente de Santa Cruz, José Alberto Gonçalves. O assunto foi aclarado em off nessa conferência de imprensa e, mais tarde, confirmado pela RTP, RDP, Diário de Notícias da Madeira, Diário Cidade e Tribuna. Não sei se a TVI o noticiou, mas em qualquer parte do mundo a ocorrência, transformada de boato em certeza, foi (e seria) notícia, e espalhou-se pelas mentes esclarecidas.

Na sexta, dia 27, convoquei pela autarquia de Gaula, como sempre às 14h, a comunicação social para a reunião pública ordinária da câmara e, pela primeira vez, em quase três anos de mandato, vi os serviços da câmara a solicitar com antecedência a população do Norte e Sul de Gaula, inclusive pedir ao pároco que o publicitasse nos microfones da igreja.

Nessa mesma sexta, e após ter pedido desde o dia dos incêndios uma viatura, pás, baldes, à Câmara de Santa Cruz - e nada; e de ter constatado que outros presidentes de junta viajavam com viaturas da câmara, e deputados da maioria com viaturas da câmara e do governo - o senhor presidente da camara visitou as áreas atingidas de Gaula, inclusive a sede de autarquia, fez-se acompanhar de outros presidentes de junta, e nem teve a delicadeza de nos informar.

E muitas outras passagens discriminatórias, que é do domínio público, inclusive a do presidente do Governo, cuja comunicação social acompanhou e teve olhos para ver.

Portanto, Mário Gouveia, fala enquanto cidadão é certo, de instrumentalização do "grupo político de Gaula", mas parece não ver que a politização partidária dos incêndios nasceu na quinta-feira passada. Portanto, é mais fácil rebaixar os mais fracos e os “pequenos” que desde o primeiro momento estiveram junto do povo,  e desobstruir a via dos ricos e dos pretensos poderosos…

Na mesma sexta-feira, Mário Gouveia ligou-me, talvez por volta das 13h. Estava com um naco de carne na mão, depois de uma manhã a ajudar a limpar e a percorrer as famílias a freguesia, para tentar arranjar soluções no terreno. A conversa foi lacónica, e ao mesmo tempo carregou um cenário de emocionalmente distinto do meu. Percebi logo, pela também formação alternativa de ver além das palavras, que a coincidência da acção carregava um serviço de "recados a granel".
Enfim, acho incrível, com tantos episódios de férias na calamidade ou de ostracismo na escolha - não vir questionar uma ausência do coordenador da protecção civil concelhia, e assumir uma critica forte sobre uma presença colectiva contante de vereadores, autarcas, voluntários, designadamente do grupo político que faço honradamente parte,
Pois, são critérios. Tenho os olhos bem abertos, como o lobo da história do capuchinho vermelho. A partir de agora verei melhor..., sem correr o risco de ser abatido pelo caçador.

Élvio Sousa, 29 Julho de 2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

A “vergonha nasce em casa”

Foto DR.

Rui Alves, presidente do Nacional, barafustou com ameaças de demissão a perda de fundos para o futebol profissional.
A forma como o fez – que inferioriza qualquer educação da pessoa humana, com absurdos dirigidos a gente competente e educada – acabou por receber uma benesse do senhor Presidente do Governo, Alberto João Jardim: mais de 500 mil euros.
Assim se faz a nossa terra de “verticalidade distorcida”.
Chamou a Miguel Albuquerque seu empregado, e com a posterior confirmação da benesse governamental, coloca-se ao lado dos opositores do autarca, invocando arremessos de palavras ocas tendentes à casca da pessoa humana.
Para quem se serve do futebol para contrapor partidariamente os outros, e dele parece receber cerca de 8 mil euros por mês, não deixa espaço para dúvidas comportamentais.
Às vezes parece que temos dois mundos na nossa terra chamada Madeira. Um “mundo” do interesse primário, que secundariza as necessidades sociais em detrimento do interesse materialista de alguns; e um outro “mundo” – real – que acontece todos os dias, com gente desempregada, com fome, com problemas na banca, com morosidade das autarquias e no governo.
E andamos a “brincar” às escondidas, com “quinhentas” coisas mesquinhas, tão-só importante para uma discutível minoria.
Élvio Sousa, 18 de Julho de 2012

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Mercados e feiras da antiga Vila de Machico


Elevada a vila no início da segunda metade do século XV, Machico concentra actualmente, ao nível do centro histórico, um significativo conjunto com interessantes registos de arquitectura religiosa (igreja matriz, capelas de São Roque e Milagres); civil/vernácula e erudita (solares Cupertino Câmara, Ribeirinho, entre outros); militar (fortes de São João Baptista e de Nossa Senhora do Amparo); e outros equipamentos utilitários (fontanários, aqueduto, cisternas, mobiliário urbano).
Rua Direita em Machico (Actual Rua General António Teixeira de Aguiar). Postal ilustrado propriedade Ricardo Caldeira.

É lícito afirmar, que a centralidade mercantil ou comercial entre os séculos XV e XIX tenha coincidido geograficamente com o chamado “bairro da vila", ou seja, com o polo geográfico que concentra o principal edifício religioso (a igreja de invocação a Nossa Senhora da Conceição), as "casas da câmara”, o pelourinho, o poço-cisterna primitivo e a alfândega.
O fervilhar das gentes, do comércio, das lojas, dos mercados, das mercadorias assinalava maior expressividade em dois sítios, em particular:
- No arruamento nuclear central: a alongada e tortuosa Rua Direita (actual Rua General António Teixeira de Aguiar, atente-se ao postal que acompanha o texto), que representava o eixo primordial de entrada e saída da antiga vila, coincidindo o seu traçado com a localização dos espaços públicos de maior afluência (a igreja e a câmara), em torno do qual se definiram, também, os espaços de “praça” ou de “largo”, ainda hoje perpetuados na toponímia local.
- A “Praça da Feira”, localizada a Oeste do actual edifício da câmara municipal, e que durante muitos anos funcionou como mercado central de Machico, dotado de um excepcional chafariz Oitocentista em mármore, equipamento público que garantia, na perda de funcionalidade do poço central, a afluência da população ao local.
Em suma, é possível deduzir que até aos finais do século XIX era na “Praça de Feira” que se comercializavam grosso modo os produtos locais, tendo o Município mandado construir nos inícios do século XX a praça de Peixe de São Pedro (actual mercado municipal), e o Mercado Velho, que acabou por integrar o fontenário de mármore da antiga “Praça”.

Élvio Duarte Martins Sousa, Maio de 2012 (texto a publicar na imprensa diária)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Projecto de Musealização da Rota da Cal, São Vicente, Madeira

O Projecto de Musealização da Rota da Cal, São Vicente, Madeira. *
Élvio Sousa e Liliana Neto

(texto síntese de acordo com esta referência: "O Projecto de Musealização da Rota da Cal, São Vicente, Madeira”, em co-autoria com Liliana Neto, Actas del Quinto Congreso Internacional Minería y Metalurgia Histórica en el Suroeste Europeo, (Léon-España), Libro de homenaje a Claude Domergue, editores Josep M. Mata Perelló; Lisard Abat; Maria Fuentes Prieto, 19-21 de Junio de 2011, pp. 779-784.
Fig.1

0.    Introdução
O Núcleo Museológico – A Rota da Cal apresenta-se com uma variedade de interesses, quer do ponto de vista do património natural quer do ponto de vista do património construído e cultural. Localizado no Sítio dos Lameiros (Fig.1), Concelho de São Vicente, Ilha da Madeira, este núcleo engloba uma área aproximada de 12 000 m2 onde, a par de toda a beleza paisagística local, se encontram duas pedreiras de pedra calcária, um forno de cal e outros imóveis de apoio à produção agrícola, nomeadamente palheiros, poios e levadas, elementos bastante característicos da paisagem madeirense.

Este núcleo é um espaço museológico, de iniciativa privada, de vocação cultural, educativa e turística.
As primeiras referências históricas à produção de cal em São Vicente remontam ao século XVII, tendo havido vários fornos de cal neste concelho. O Forno de Cal do Barrinho possui licença de laboração datada de 1902, o que não significa que já não laborasse antes disso.
O afloramento calcário do Barrinho é a única ocorrência deste tipo de geologia na Ilha da Madeira. A pedra de calcário proveniente das pedreiras do Barinho era utilizada para diversos fins, nomeadamente no calcetamento de pavimentos, em pias baptismais e em pedras de moinhos, produção de cal, entre outros.
A pedra, depois de transportada para junto do forno, era cozida para a produção da cal. A cal, por seu lado, permitia uma diversidade de utilizações, que passa pelo uso em argamassa e pintura na construção civil, nos cemitérios e na agricultura.
Este forno de cal laborou até à década de 60 do século XX, altura em que a produção entrou em decadência e o forno foi abandonado. No ano de 2000 o actual proprietário e empresário, Senhor Joel Freitas, iniciou a sua recuperação, tendo aberto este núcleo ao público no dia 1 de Março de 2008.
1.    Objectivos
O objectivo geral do projecto de musealização do Núcleo museológico Rota da Cal é a preservação e valorização dos testemunhos que atestam o processo de fabrico da cal no Sítio do Barrinho, em São Vicente.
Este objectivo geral reflecte-se uma série de objectivos específicos, a saber:
-  Promover a compreensão do processo do fabrico da cal e da sua importância histórico-económica e social;
-  Potenciar, do ponto de vista museológico, turístico, formativo e económico, as ocorrências patrimoniais que compõem o espaço do núcleo;
-  Investigar, conservar, interpretar e valorizar o património industrial como marca de identidade local;
-  Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população, em cidadania, incentivando o sentimento de auto-estima e identidade mediante o estudo, a recuperação e a valorização da sua herança cultural;
-  Contribuir para a revitalização da economia local, assente em linhas programáticas do turismo cultural;
-  Incentivar a vocação formativa e educativa na preservação da memória colectiva do património cultural, estabelecendo uma rede de contacto com a população local;
-  Colaboração com outras entidades ligadas à temática tradicional da cal, de modo a aprofundar os aspectos tecnológicos de interesse para o enriquecimento do programa interpretativo.
O Núcleo Museológico – A Rota da Cal foi criado no sentido de preservar a cultura local, proporcionar educação e formação, considerando a memória colectiva intrínseca ao local e promover e divulgar o património local, pelo que o público-alvo inclui a população local, a população escolar e a população visitante – turistas.
Fig.2

2.    Método
No projecto de musealização do sítio houve, por parte do proprietário a sensibilidade parta reunir uma equipa de trabalho multidisciplinar onde se incluíram pessoas da História, da Arquitectura, da Arqueologia, da Geografia, da Geologia e do Design., o que se revelou, com certeza, uma mais-valia para o projecto.
Pretendeu-se para o Núcleo Museológico - Rota da Cal um programa museológico que possibilitasse a compreensão do processo de fabrico da cal, da sua relação com o meio físico e humano e do contexto histórico e económico local e regional.
Os conteúdos do guião do núcleo assentam na componente tecnológica e histórica da transformação do calcário, resultando de várias etapas consideradas, nomeadamente a reunião de uma equipa interdisciplinar (Historia, Geologia, Arqueologia, Geografia, Design, Arquitectura e Arquitectura Paisagista e Turismo), o levantamento bibliográfico, documental, iconográfico e cartográfico, o levantamento da tradição oral, a realização de trabalhos arqueológicos, a realização de trabalhos de recuperação e valorização do conjunto, o requerimento de Instrução para o Registo Patrimonial de Classificação, a produção dos conteúdos museológicos e a promoção e divulgação pública do projecto.
Durante os trabalhos de recuperação e produção de conteúdos museológicos, procedeu-se à realização de uma cozedura de pedra calcária no Forno do Barrinho, numa perspectiva de arqueologia experimental (Fig.2). Esta actividade implicou as várias etapas do processo, designadamente, a remoção de pedra de uma pedreira local e seu transporte para junto do forno, o transporte de lenha e de água, o carregamento e preparação do forno para a cozedura, a cozedura propriamente dita, o descarregar o forno, o espalhar da pedra e o regar a pedra de calcário cozida para provocar a sua reacção.
Fig.3

A estratégia museológica deste projecto pretendeu a valorização e a preservação in situ, numa linha de intervenção minimalista e contemporânea (Figs.3 e 4), procurando uma suavidade de imagem e tendo em atenção os indicadores de paisagem natural e cultural. Seguiu-se uma leitura de construção versátil e reversível, reforçando os valores de identidade do sítio e a manutenção da autenticidade da memória individual e colectiva.

Fig. 4
Ao nível da segmentação temática da exposição, o Núcleo Museológico – Rota da Cal apresenta ao visitante três núcleos principais que são os Valores Naturais, o Património Rural e a Produção e a Comercialização da Cal (Fig.5).
3.    Os conteúdos do Núcleo Museológico Rota da Cal
O Núcleo Museológico apresenta-se com uma variedade de interesses que contemplam o património natural e o património construído e cultural. Estes interesses são ampliados pelo valor do sítio enquanto conjunto, pelo que este núcleo mereceu a classificação de Conjunto de Interesse Público por parte da Secretaria Regional do Turismo e Cultura, onde é sublinhado o “relevante valor arquitectónico, histórico e etnográfico”.

Fig.5
3.1.   O património natural
No que concerne ao património natural, salientam-se duas especificidades que fazem deste sítio uma singularidade, designadamente, a ocorrência calcários recifais, de tufos castanho-avermelhados e de aglomerados, bem como fósseis marinhos. Este afloramento de calcários marinhos e fossilíferos remonta ao Miocénico (mais de 5 milhões de anos) e os fósseis marinhos (nomeadamente, lamelibrânquios, gastrópodos, equinídeos e crustáceos) aparecem com frequência.
O património natural do Núcleo Museológico- Rota da Cal vai para além da componente geológica respeitante ao afloramento calcário, único na ilha, como já foi dito. O núcleo encontra-se parcialmente integrado no Parque Natural da Madeira, o que lhe confere uma maior riqueza em valores naturais.
Ao nível da vegetação, salienta-se a presença de espécies da Floresta Laurissilva – Património Mundial da UNESCO – como o loureiro (Laurus azorica), o vinhático (Persea indica), o sanguinho (Rhamnus glandulosa), a uveira da serra (Vaccinium padifolium), o folhado (Clethra arbórea), o pau branco (Picconia excelsa), e a faia das ilhas (Myrica faya). Esta área, de transição entre a floresta e as áreas agrícolas, é visitada por espécies de avifauna que são endémicas da Madeira, como o Pombo Trocaz (Columba trocaz), o tentilhão (Fringilla coelebs madeirensis) e o bisbis (Regullus ignicapillus madeirensis).
3.2.   O património rural
Integrado em ambiente rural, o núcleo da Rota da Cal preserva alguns imóveis e características paisagísticas típicas da paisagem rural madeirense como os palheiros, os tradicionais poios, as levadas, um poço e um fio (Fig.6).
Fig.6
A vereda que percorre este espaço mantém a antiga configuração que remonta ao tempo em que era fundamental para a circulação de pessoas, para o transporte da matéria-prima para o Forno da Cal, bem como para o transporte de produtos agrícolas. Hoje esta vereda proporciona-nos um belo percurso que nos permite apreciar todas as belezas que o sítio tem para oferecer.

3.3.   A Produção e a comercialização da Cal
A temática da produção e comercialização da cal é a mais relevante neste espaço museológico. Este tema está presente na área exterior, incluindo as duas pedreiras de calcário, de secção semicircular, e na Casa do Forno da Cal, onde, além do forno, encontramos expostos outros elementos respeitantes à produção e comercialização da cal e sua importância sócio-cultural.
A casa do forno apresenta uma planta rectangular com uma cobertura de telha e é construída em alvenaria de pedra parcialmente rebocada, no interior e exterior, utilizando pontualmente pedra de calcário originária da pedreira.
A estrutura do forno é de planta cilíndrica executada através de um aparelho de pedra (tufo de lapilli), com uma altura aproximada de 5,30 metros, formando um cone invertido. A porta ou boca apresenta-se em forma de arco abobadado que se estreita em direcção à caldeira, onde se situava a grelha que segurava a pedra e a lenha.
Do ponto de vista tipológico é um forno de cozedura mista, alimentado por camadas alternadas de pedra de calcário e lenha ou carvão de pedra.
Antes dos trabalhos de recuperação da casa e do forno, foram realizados trabalhos arqueológicos, entre Novembro de 2004 e Março de 2005 (Fig.7), sob a responsabilidade do CEAM – Centro de Estudos de Arqueologia Moderna e Contemporânea.[1]

Fig.7
Os trabalhos arqueológicos revelaram um piso primitivo, em calçada, valas de fundação de construção anterior e uma estrutura circular implantada no solo.
Na Casa do Forno da Cal encontram-se expostos diversos utensílios e ferramentas, outrora utilizados nas várias etapas inerentes ao processo de produção e algumas referências históricas às famílias que possuíram o forno ao longo dos anos e aos trabalhadores que aqui laboraram.
O Núcleo Museológico - A Rota da Cal conjuga, harmoniosamente, o meio natural com a ocupação humana, oferecendo-nos uma magnífica beleza paisagística, proporcionada pela vegetação e panorâmicas locais, ao mesmo tempo que nos oferece um produto cultural e histórico, com as duas pedreiras de pedra calcária, o forno de cal e os outros imóveis de apoio às actividades agro-pecuárias, que retratam a ruralidade madeirense.

Gaula, Junho de 2008

* Síntese da comunicação da apresentada ao V Simposio internacional sobre minería y metalurgia históricas en el suroeste europeo, realizado em Leon, Espanha, entre 19 e 21 Junho de 2008. O projecto integral e pormenorizado do programa museológico poderão ser consultados na sede da Associação Rota da Cal, em São Vicente ou por solicitação aos autores deste texto.



[1] Cfr. Élvio Duarte Martins Sousa, “Trabalhos Arqueológicos no Forno de Cal do Barrinho, São Vicente, Ilha da Madeira”, Arqueologia Industrial, Vol.1, n.º1 e 2, Braga, pp.5-14.