terça-feira, 22 de maio de 2012

Olaria no Arquipélago da Madeira

Local costumes (Madeira), 1890. Foto Vicentes.




A extracção da argila e posterior modelação e cozedura serviu para a confecção de objectos cerâmicos. Na bagagem dos povoadores que aportaram na Madeira e o Porto Santo no século XV vieram saberes e técnicas oláricas. A pouco e pouco, ensaiaram-se misturas de barro, modelos e formas para o uso no quotidiano insular.

Até à generalização do metal e do plástico as peças de olaria partilharam os ritmos do dia a dia. Auxiliavam o transporte de água desde os pontos de recolha (nascentes, poços, fontanários e ribeiras) até à serventia da cozinha e do banho quase sempre semanal.

Da funcionalidade diária, os objectos em barro passaram progressivamente a utensílio decorativo, tanto na forja da fotografia de estúdio, acompanhando o personagem envergando o traje típico, como nos jardins frontais das casas, quase sempre como receptáculos de flores e demais plantas.

Das longínquas olarias e dos seus artífices pouco se publicou e se estudou. 

É tempo de sublinhar esse tema e trazer ao conhecimento uma arte que exigiu técnica, estética e sabedoria.

Élvio Duarte Martins Sousa

Extraído de “Ir à fonte, guardar a banha. A cerâmica e o quotidiano em Machico (séculos XIX e XX)”,  no prelo.



The pottery of the Madeira Archipelago



Arquivo CEAM.




Extracted from "Ir à fonte, guardar a banha. A cerâmica e o quotidiano em Machico (séculos XIX e XX)”,  in press.


"The clay pottery followed the first settlers of Madeira Archipelago, from the first hall of the 15th century. Little by little there were tested clay mixtures and models to use everyday. Until the spread of metal and plastic the pottery jars shared the rhythms of everyday life. They assist the water transportation from springs, wells, fountains and stream and were used also in the Kitchen and in the weekly bath."

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